Infelizmente o tema de hoje é algo que tem deixado o Brasil todo triste. Tenho certeza que todos têm acompanhado pelos noticiários o caos em que o Rio de Janeiro se transformou nos últimos dias em virtude das fortes chuvas que cairam a partir da tarde segunda-feira, dia 5 de Abril.
Para se ter uma idéia, segundo pesquisas, o Rio de Janeiro registrou volume de chuva recorde para um único dia - o maior em pelo menos 44 anos!!!!
Ruas alagadas, trânsito parado, medo e pânico. Quem saiu do Centro da Cidade às 18 horas, ou seja, ao fim do expediente normal de trabalho, conseguiu chegar em casa por volta da meia noite. Muitos nem voltaram pra casa, dormiram em hotéis e pensões próximas ao local de trabalho, que por sinal estavam disputadíssimas, superlotadas. Muitos trechos sem luz, pessoas praticamente nadando nas ruas já que o nível da água não parava de subir e muita tristeza.
No dia seguinte, os números da tragédia: pessoas desabrigadas, muitas mortes e uma cidade parada. O prefeito Eduardo Paes recomendou, durante a manhã, que a população não saísse de casa. A cidade ficou em estado de alerta máximo. Aulas foram suspensas, o Serviço público não funcionou e aqueles que, como eu, tentaram se dirigir ao trabalho foram obrigados a retornar pois não havia maneira de se locomover a lugar algum.
Segundo o governador Sérgio Cabral, a “grande causa” das mortes são as ocupações irregulares. “Entre os mortos, todos praticamente (estavam) em áreas de risco”. Esta é uma questão que se arrasta há séculos e não vai mudar de uma hora para outra. As pessoas que não tem condiçoes fixam moradias em encostas e quando há perigo de deslizamento por mais que a Defesa Civil alerte elas não deixam suas casas com medo de perder o pouco que conseguiram e assim acabam perdendo seu bem maior que é a VIDA.
De acordo com meteorologistas, as chuvas fortes que atingem o Rio são "anormais" para a época causadas por dois fatores: o calor acumulado na atmosfera, uma vez que as temperaturas registradas na cidade foram muito elevadas no verão e uma frente fria que passou pela região.
Para o meteorologista Igor Oliveira, do Alerta Rio, ligado ao Georio, não é possível associar o fenômeno, que classificou de "atípico", com o aquecimento global, mas também não se pode descartar sua influência.
Para ele, abril deste ano vai ficar marcado. "As chuvas já estão acima do normal comparando com outros meses de abril, então mesmo que daqui para frente chova pouco, isso vai contribuir muito. A situação é anormal, embora haja uma explicação, que é a combinação da frente fria com a atmosfera quente e úmida. Muita gente gosta de dizer que é o aquecimento global, e essa é uma hipótese muito provável, mas não dá para saber, precisamos de estudos mais amplos."
Acontecimentos como este nos deixam apreensivos quanto aos dias futuros e o que ainda pode acontecer. Numa época de tsunamis, furacões e variações climáticas intensas o que preocupa é encontrar a maneira correta de deter esses eventos da natureza. Mas como acabei de mencionar, eles são DA NATUREZA e obviamente não passam de uma resposta a enorme devastação ocorrida até os dias atuais. Não há como atribuir essa responsabilidade somente a governantes, o homem em geral deve adquirir consciência de que temos que preservar e cuidar de nosso meio ambiente.Não é de hoje que se fala sobre buraco na camada de ozônio, aquecimento global, diminuição da área verde do planeta. Está mais do que na hora de pararmos e tomarmos alguma atitude.
Educação também não faz mal a ninguém. Vamos jogar lixo no lixo. Eu mesma já esqueci várias vezes e joguei papel na rua, mas essa é uma questão de hábito. Vamos nos policiar para cuidar de nosso planeta e tentar reverter de alguma maneira esse quadro triste que estamos deixando aos nossos filhos.
Quem puder doar roupas, alimentos ou qualquer coisa que deseje, procure os postos responsáveis principalmente nas regiões de São Gonçalo e Niterói que foram as mais atingidas.
Beijokas e esperamos que a chuva nos dê uma trégua!
Carlinha Maia
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